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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Saiba como se alimentar para ajudar a regular sua tireoide


A glândula tireoide tem grande importância para a nossa saúde.

Se ela não funcionar bem, o organismo ficará bastante perturbado.

A tireoide produz hormônios essenciais para que tenhamos energia e disposição.

Esses hormônios são responsáveis ​​por controlar o ritmo de muitas atividades realizadas pelo organismo.  

Entre essas atividades, estão a velocidade de queima de calorias e os batimentos do coração.

As doenças que atingem a tireoide afetam aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo, porém mais da metade dos casos não são diagnosticados. 

No Brasil, cerca de 15% da população sofre com problemas nessa glândula, sendo uma das doenças que mais atinge os brasileiros, principalmente as mulheres, de acordo com o censo do IBGE.

A alimentação desempenha papel fundamental para a prevenção e o combate de problemas na tireoide.

A principal causa de problemas na tireoide é o iodo.

Às vezes é por falta desse nutriente, outras vezes por excesso

Quando é por falta de iodo, temos o hipotireoidismo.

E o excesso, o hipertireoidismo ou, o que é pior, câncer de tireoide.

Aqui no Brasil, a população está consumindo muito iodo.

Isso se deve ao exagero do consumo do sal comum.

Foi por isso que a a Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou uma resolução obrigando os fabricantes de sal a diminuir a quantidade de iodo.

A melhor forma de obter iodo sem exagero é pelo consumo de frutos do mar, verduras escuras e frutas.

Agora você vai saber quais os mocinhos e os vilões da tireoide, ou seja, os bons e os maus alimentos.

Leia com bastante atenção:




1. Peixe

Crie o hábito de comer peixe, principalmente de águas frias e profundas do oceano.

Além de ricos em ácidos graxos ômega-3, são excelentes fontes de iodo, fundamental para o funcionamento da glândula tireoide, bem como de minerais como selênio e magnésio.

Atenção!

O mercúrio pode ser encontrado em níveis elevados em alguns tipos de peixe, como o peixe-espada, o atum e o espadarte (peixes de água profunda).

A Food Standards Agency do Reino Unido aconselhou as mulheres grávidas e as crianças a não consumir esses tipos de peixe, pois o mercúrio pode danificar o sistema nervoso do feto e aumentar o risco de envenenamento em crianças pequenas.

Os peixes com maior teor de mercúrio são o cação, o peixe-espada (branco e preto), o espadarte e o atum.

Os peixes grandes e predadores de águas profundas são mais ricos em mercúrio do que os peixes pequenos. 

Por isso, é bom evitar os peixes anteriormente citados (não comer mais de duas vezes por semana) e o fígado de todos os peixes, bem como preferir os peixes pequenos. Esta regra é válida sobretudo para as mulheres grávidas.

2. Alimentos ricos em iodo

O iodo é necessário, em pequenas quantidades, para a função da glândula tireoide, assim como para o metabolismo das gorduras, produção de hormônios sexuais e uma série de processos bioquímicos.

Cãibras musculares, dores de cabeça, depressão, pés frios, mãos geladas e ganho de peso podem ser sinal de deficiência dessa substância.

Deficiências de iodo podem aumentar a suscetibilidade para doenças como câncer de mama e pólio.

Alguns alimentos ricos em iodo:

frutos do mar

algas marinhas

sal integral

caldo de peixe caseiro

abacaxi

alcachofra

aspargos

verduras de coloração mais escura.

Para que possa ser utilizado pelo organismo, o iodo requer níveis adequados de vitamina A.

O iodo em excesso pode ser tóxico para o organismo, por isso não se recomenda o consumo excessivo de algas ou de sal iodado (o sal comum, que a maioria dos brasileiros consome). 

Considerações sobre as algas

Quanto às algas marinhas, embora elas sejam ricas em iodo e uma série de outros minerais, seu consumo excessivo pode causar intoxicação pelo próprio iodo.

Além disso, algumas pessoas não têm a enzima capaz de digerir o carboidrato complexo presente nas algas e muitas algas comerciais são tratadas com pesticidas e fungicidas durante o processo de secagem e armazenamento, razão pela qual é importante se conhecer os métodos utilizados pelo fabricante da alga.

Por fim, recomenda-se deixar as algas in natura de molho por um período de 6 horas, a fim de auxiliar a digestão.

3. Caldo de cabeça de peixe

Prepare caldo de peixe em casa, à moda dos nossos ancestrais, utilizando carcaça e cabeça, ricas em minerais, inclusive iodo.

Além disso, a cabeça de peixe é fonte direta de hormônios da tireoide, além de outras substâncias que nutrem essa glândula.

Quatro mil anos atrás, os médicos chineses rejuvenesciam seus pacientes idosos com sopa feita com a tireoide de animais.

Segundo os textos antigos, esse tratamento ajudava os pacientes a se sentir remoçados, com mais energia e capacidade mental.

Na Inglaterra do período vitoriano, os médicos prescreviam sanduíches especiais de tireoide crua para seus pacientes mais doentes. 

Esse sanduíche não oferece o menor apelo ou atração para nosso paladar, mas as sopas e os molhos feitos com caldo de peixe caseiro são uma delícia! 

Um “remédio” impossível de recusar!

4. Ova de peixe

Inclua ovas de peixe na sua alimentação.

As ovas sempre foram valorizadas pelos povos primitivos pela sua capacidade de prevenir problemas da tireoide, promover a fertilidade e nutrir mulheres grávidas e crianças em fase de crescimento.

5. Verduras cruas

Algumas verduras cruas contêm substâncias naturais chamadas glucosinolatos, que podem interferir negativamente na produção de hormônios da tireoide.

Entre essas verduras estão repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, couve-flor e espinafre.

Para neutralizar esse efeito potencialmente prejudicial à tireoide, basta cozinhar essas verduras, ligeiramente, no vapor, em água ou em sopas.

Ocasionalmente, pode-se  – e até se deve –  consumir essas verduras cruas, pois somente quando cruas elas têm importantes propriedades anticâncer (por causa daqueles mesmos glucosinolatos, que são neutralizados pelo cozimento).

A sabedoria está em não consumi-las cruas diariamente, mas sim ocasionalmente.

Lembre-se: prefira as verduras sem agrotóxico ou, na impossibilidade de tê-las, <AQUI> está uma receita que, pelo menos, diminuirá a presença de venenos agrícolas.

6. Grão, cereais e sementes integrais

Consuma grãos, cereais e sementes integrais que tenham sido deixados de molho por 7 a 24 horas, em água com gotas de limão ou 1 colher (sopa) de soro de iogurte. 

Faça isso com feijão, arroz integral, grão-de-bico, lentilha, trigo, aveia e todos os grãos e cereais que você consumir. 

Esse procedimento neutraliza substâncias potencialmente prejudiciais à tireoide, denominadas antinutrientes.

O único grão que não obedece a essa regra é a soja, pois seus antinutrientes não são neutralizados por tais procedimentos.

Por essa razão, seu consumo deve ser evitado ao máximo.

7. Açúcar

Minimize o consumo de açúcar e farináceos, pois altos níveis de açúcar no sangue podem desregular o funcionamento da glândula tireoide.

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