A Romã – Punica granatum
possui diversas propriedades terapêuticas. Acredita-se que o grande número de substâncias ativas da romã se deve ao fato de que em seu habitat nativo, teve que desenvolver meios de suportar o clima árido e às mudanças bruscas de temperatura. Os antioxidantes presentes na romã serviam para minimizar os danos causados pelo calor extremo durante o dia e frio durante a noite. Outro exemplo é a quantidade de gorduras em suas sementes, que facilitam a germinação em solos pouco receptivos.
Estudos mostraram que o consumo do suco de romã, rico em ácidos gálico e elágico, pode auxiliar na redução da pressão arterial e na prevenção de alguns problemas cardiovasculares como infarto e derrame ao reduzir os níveis de colesterol LDL, responsável pelo entupimento dos vasos sanguíneos. Dentre os constituintes do romã estão o manganês, vitamina B2, e vitamina C, elementos fundamentais para a vida e necessários no organismo humano em diversas funções, cuja escassez pode causar diversas enfermidades. O romã também é rico em antioxidantes que estimulam o aumento da circulação sangüínea nos órgãos genitais do homem, facilitando a ereção.
O chá feito com as folhas da romã é usado contra irritação nos olhos; o chá das cascas dos frutos por ser antimicrobiano auxilia no tratamento de infecções de garganta na forma de gargarejo, e se ingerido, é utilizado no combate às verminoses e apresenta atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Clostridium perfringens e o vírus Herpessimplex II (herpes genital). Já o chá das cascas da raiz da romãzeira é usado em casos de diarreias e disenterias crônicas por conter alcaloides que servem como adstringentes, que também são responsáveis pelos efeitos vermífugos.
Benefícios da romã contra o câncer
O consumo do suco de romã pode ajudar no combate ao câncer de próstata ao reduzir a quantidade de células cancerígenas e sua metástase, causando a morte celular e a adesão das células malignas umas às outras, impedindo que se movimentem para outras partes do corpo. Após cirurgia e retirada do tumor, o suco faz com que o PSA, marcador da doença, tenha seus níveis no sangue reduzidos. Para outros tipos de tumores, os ácidos gálico, elágico e protocatequínico da romã impedem a ação de moléculas que danificam a estrutura celular e desencadeiam o câncer; as antocianinas também tem comprovada atividade anticancerígena e os extratos da romã ajudam a diminuir o ritmo de divisão celular das células malignas.
Além do suco da romã, a fruta consumida naturalmente é muito popular. Também pode ser usada salpicada em saladas, molhos ou sobremesas, sempre evitando o calor excessivo pois este pode desativar seus compostos ativos. Uma receita simples para o suco de romã pode ser feita através da mistura de um chá composto por água, mel, canela e cravo fervidos e posteriormente colocados na geladeira. Após a mistura ficar gelada, deve-se misturar a este chá o suco retirado dos caroços da romã.
Contraindicações e efeitos colaterais da romãzeira
As partes medicinais utilizadas da romã são as sementes e cascas da infrutescência (fruto), tronco e raiz. Devem ser utilizadas com precaução, pois há relatos de intoxicações devido à alta concentração de alcaloides e à possível complexação destes com os taninos das raízes. Podem inclusive servir de veneno espasmódico, que pode levar a paralisia central generalizada. Os primeiros sintomas de uma intoxicação são alterações visuais, vertigens e vômitos.
http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/roma-beneficios-propriedades.html
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