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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Conheça algumas ervas medicinais que trazem riscos se tomados indevidamente.

Consumo de chás e plantas medicinais traz riscos

Publicação: 13/08/2012 22:33 Atualização: 13/08/2012 23:13

Consumo em excesso pode ser prejudicial. (Ricardo Fernandes/DP/D.A Press)
Consumo em excesso pode ser prejudicial.
Para combater a insônia, muita gente indica tomar chá verde.  Já para resolver problemas de má digestão, outros recomendam o chá de boldo. E quem está com sinusite é geralmente aconselhado a fazer uso do chá de cabacinho. Em inúmeras situações, os adeptos dos famosos “chazinhos” se baseiam na sabedoria popular para evitar ou até mesmo curar algumas enfermidades. O que a maioria das pessoas não sabe é que  o uso indevido dessas plantas medicinais pode causar sérios problemas de saúde.

Quando tomados em excesso, os chás de canela podem gerar taquicardia, alerta a professora do departamento de biofísica da UFPE, Cláudia Sampaio. Ela, que também é uma das coordenadoras do projeto de extensão da universidade Promoção da atenção básica à saúde através de protocolos educativos utilizando equipamentos móveis, aconselha. “É preciso ter cautela para utilizar os chás medicinais, além de não tomá-los de forma aleatória”. A pesquisadora ressalta que algumas plantas possuem princípios ativos que agem no organismo, assim como os medicamentos. 

Em relação a crianças, idosos e gestantes, os cuidados devem ser redobrados. Nas grávidas, por exemplo, o consumo excessivo do chá de boldo antes do terceiro mês de gestação pode ocasionar má formação fetal. Já nos lactantes, o excesso de sene tem potencial de provocar diarreias. “Não se deve misturar o consumo das plantas medicinais com outros medicamentos”. Outra dica importante é observar quaisquer irritações na pele ou outras reações alérgicas. “Plantas também são medicamentos, por isto não devem ser usadas sem a recomendação de um profissional de saúde”, explica a pesquisadora.

Ela ressalta que, de modo geral, os vegetais, frutas e hortaliças que são usados com fins medicinais trazem muitos benefícios à saúde das pessoas. No entanto, é preciso responsabilidade e moderação em seu consumo. Neste contexto, o projeto de extensão desempenha um papel fundamental na orientação de comunidades carentes. “Até o final deste ano, agentes de saúdes serão capacitados a atuar em assentamentos na Mata Norte e no Agreste. Esses profissionais levarão informações à população de baixa renda”, acrescenta Cláudia Sampaio. Uma dessas informações é relativa à procedência. “Algumas plantas não podem ser cultivadas perto de animais, esgotos ou estradas. É preciso ter cuidado com essas questões, pois o local onde estão interfere na quantidade de princípios químicos que elas apresentam e no efeito que exercem no organismo”. A coordenadora reforça o papel fundamental das pesquisas acadêmicas na saúde e na rotina da população. “É preciso informá-la sobre riscos, benefícios e uso correto deste recurso natural”, acrescenta.

Benefícios e malefícios das plantas medicinais

Boldo
Benefício: combate a má digestão

Malefício: quando tomado em excesso, pode causar intoxicações ou até mesmo má formação fetal, quando consumido por gestantes antes do terceiro mês de gravidez

Sena
Benefício: auxilia no combate à prisão de ventre

Malefício: pode causar diarreia em crianças e idosos se consumida sem moderação

Canela
Benefício: auxilia no combate a resfriados

Malefício: acelera o ritmo dos batimentos cardíacos, um risco para idosos e crianças

Erva-doce
Benefício: utilizada para o combate à flatulência, tem ação diurética e estimula a produção de leite materno

Malefícios: o chá desta erva deve ser tomado com moderação, principalmente quando dado à crianças, pois seu consumo excessivo pode causar disfunção urinária


Babosa
Benefício: auxilia na cicatrização da pele e couro cabeludo

Malefícios: se ingerida, pode causar hemorragia digestiva


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